Mais de mil operacionais estão a combater o grande incêndio que deflagrou domingo em Proença-a-Nova e soma 60 quilómetros de perímetro.
"Os trabalhos estão a evoluir muito favoravelmente. Estamos a conseguir resolver este incêndio", reconheceu o comandante operacional de agrupamento distrital, Luís Belo Costa, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), num ponto de situação ao final da tarde sobre o incêndio que deflagrou domingo no concelho de Proença-a-Nova e que alastrou aos concelhos vizinhos de Oleiros e Castelo Branco.
"Com o conjunto de indicadores com que trabalhamos - número de efetivos, equipamento à disposição e os indicadores meteorológicos, nomeadamente o vento - contamos durante a madrugada dominar o incêndio", acrescentou. "Um pouco mais de 50% do perímetro" está dominado, dos quais 30% já está consolidado com "excelente trabalho das máquinas de rasto", explicou.
Para dar uma dimensão da grandeza de um fogo "muito grande", numa avaliação ainda muito preliminar, o responsável pelas ações de combate acrescentou que as chamas já terão consumido uma área muito próxima dos 15 mil hectares, correspondente a cerca de 60 quilómetros de perímetro.
"O fogo leva cerca de 29 horas, o que dá em média uma área de mais de 500 hectares ardidos por hora, o que é algo de vertiginoso para quem tem de combater", salientou.
Apesar de haver "pontos quentes" em Proença e Castelo Branco, "as áreas de maior atenção são todas no concelho de Oleiros", acrescentou, destacando "a frente norte, muito próxima do limite do distrito de Coimbra".
"Felizmente não houve danos pessoais", afirmou Luís Belo Costa. Revelando que "algum património foi afetado" mas que o levantamento ainda está a ser feito, enumerou duas casas devolutas destruídas, uma casa de segunda habitação e alguns barracões.
Das 33 pessoas que foram retiradas das suas habitações no concelho de Oleiros, Luís Belo Costa disse que "o mais rápido possível" vão regressar a suas casas e que as povoações que ainda estão na linha de fogo não motivam preocupação.
Às 19.30 horas, o incêndio estava a ser combatido por 1041 operacionais, apoiados por 342 veículos e oito meios aéreos que, durante o dia, chegaram a ser o dobro, além de 16 máquinas de rasto.
Para apoiar o combate ao incêndio de Proença-a-Nova, o Exército enviou quatro máquinas de rasto, informou o Estado-Maior-General das Forças Armadas, esta segunda-feira à noite em comunicado.