Os recentes tiroteios nos Estados Unidos provocaram um aumento nas vendas de mochilas à prova de bala no país.
A procura de mochilas à prova de balas tornou-se popular no ano passado após um tiroteio numa escola em Parkland, Florida, com o preço de venda a variar entre os 100 e os 500 dólares (89 a 445 euros). Agora voltam a ter grande procura, na sequência dos recentes tiroteios em El Paso e Dayton que fizeram, no total, 31 mortos.
A fabricante Tuffypacks, com sede em Houston, anunciou um aumento de vendas de 200% no último fim de semana, nas mochilas para crianças de 129 dólares (115 euros). "Costumamos vender por volta de 100 unidades por mês, e já vendemos 300 ao longo dos últimos dias", disse Roman Zrazhevskiy, da empresa ReadyToGoSurvival.com.
Segundo outro fabricante destas mochilas, os produtos resistentes a balas são frequentemente rotulados como "à prova de bala" mas não funcionam necessariamente contra munições pesadas, no entanto, aumentam as possibilidade de sobrevivência.
Este produto levantou um debate mais amplo sobre a violência armada nos EUA. "Nunca pensei ver o dia que o meu filho vai para a escola e parece que vai para a guerra", disse um pai.
A Senadora Kamala Harris da Califórnia, candidata presidencial democrata, também decidiu comentar o assunto nas redes sociais. "Os pais não deviam de ter que comprar uma mochila à prova de balas para os filhos para os manter seguros na escola", tuitou em julho, antes dos últimos tiroteios do fim de semana passado.