A advogada e defensora dos Direitos Humanos, Tamara Suju, denunciou a morte de um militar venezuelano na sequência de alegadas torturas dos serviços secretos militares.
A Direção Geral de Contrainteligência Militar (DGCIM) "assassinou, à base de torturas, o capitão de corveta Rafael Acosta Aréval, detido em 21 de junho. Ontem (sexta-feira) chegou ao tribunal em cadeira de rodas, apresentando graves sinais de torturas. Não falava, apenas pedia auxílio ao seu advogado", escreveu na sua conta de Twitter.
Segundo Tamara Suju, durante a sessão em tribunal a vítima "não entendia nem ouvia bem".
"Pediram que se levantasse, mas não se podia mexer. O juiz ordenou fosse levado ao hospital e faleceu hoje pelas 1, (6 horas de sábado em Lisboa)", precisou.
Numa outra mensagem, a advogada responsabiliza "Nicolás Maduro, Iván Hernández Dala (militar) e toda a estrutura repressiva pelo assassinato, pelas torturas ao capitão" e anuncia que vai "levar pessoalmente este caso ao Tribunal Penal Internacional".
O líder opositor Juan Guaidó já lamentou a morte do capitão Rafael Acosta Arévalo. "Família militar: não estão sozinhos, haverá justiça. À ditadura assassina, criminosa e torturadora, isto não ficará assim. Homens e mulheres das Forças Armadas, sabem o que têm que fazer para salvar a pátria e a instituição militar: expulsar os invasores cubanos e defender a Constituição", escreveu no Twitter.