Três pessoas foram mortas com armas de fogo e 20 ficaram feridas durante os protestos em Tegucigalpa, capital das Honduras, a exigir a renúncia do Presidente do país, Juan Orlando Hernández, disseram autoridades e familiares das vítimas.
"Funcionários forenses levaram dois corpos" entre as pessoas transportadas para o hospital da capital, na sequência dos incidentes que ocorreram na noite de quarta para quinta-feira, disse à AFP o porta-voz do Departamento Médico-Legal do Ministério Público, Isis Alvarado.
Trata-se de dois homens, de 24 e 37 anos, que apresentavam ferimentos causados por arma de fogo.
As duas vítimas morreram durante a intervenção policial e militar para dispersar os manifestantes, que bloqueavam as ruas e saquearam uma dúzia de empresas em diferentes zonas de Tegucigalpa.
A terceira vítima é um jovem, de 17 anos, morto por polícias militares no norte de Tegucigalpa, disseram hoje familiares do menor.
Danilo Corea disse à AFP que seu filho Noel Corea foi morto depois de ter participado num protesto para bloquear uma estrada.
Médicos e professores, apoiados por estudantes e residentes, lideraram a manifestação.
O objetivo era protestar contra dois decretos do Governo para privatizar a saúde e a educação. O executivo negou qualquer privatização.
Segundo a polícia, pneus em chamas, pedras e pedaços de madeira encontram-se a bloquear ruas na capital e noutras cidades como San Pedro Sula (norte), La Ceiba (norte), Choluteca (sul) e Colon (nordeste).
O Presidente das Honduras, Juan Orlando Hernández, convocou uma reunião do Conselho de Segurança na quinta-feira, tendo decidido a intervenção do Exército para impedir os bloqueios e proteger a propriedade privada e pública.
Forças especiais da polícia também estiveram em greve na quarta e na quinta-feira para protestar contra os dias de trabalho exaustivos, desde que os protestos contra o Governo começaram há cerca de um mês.