O presidente da República garantiu concordar com a compra, pelo Estado, dos 100% do SIRESP, mas avisou que existem "riscos políticos" para o Governo.
Duas horas depois de ter anunciado, no site da Presidência, a promulgação do decreto-lei do executivo para a compra do capital dos privados, Altice e Motorola, do Sistema Integrado das Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP), Marcelo Rebelo de Sousa explicou aos jornalistas a sua decisão.
Marcelo fez a pergunta sobre os riscos da opção do Governo e ele próprio deu a resposta. "Tem riscos? Tudo tem riscos na vida. O principal risco é um risco político. A partir de agora, tudo o que acontecer acaba por ser responsabilidade exclusiva do Estado, leia-se do Governo", admitiu o presidente, aos jornalistas, antes de visitar, no Hospital das Forças Armadas, em Lisboa, o soldado português ferido, na quinta-feira, num acidente de viação na República Centro-Africana.
O chefe de Estado garantiu, porém, concordar com a opção do Governo de António Costa, entre compra e nacionalização, dado que a decisão tinha de ser tomada agora, "antes da época de incêndios" e estar concluída até final do ano.
Uma "nacionalização com contencioso" ia ser um processo com muitos atritos, acrescentou, concluindo: "Penso que a escolha foi sensata".