As autoridades brasileiras encontraram, na segunda-feira, pelo menos 40 presos mortos em quatro cadeias da cidade de Manaus, no norte do Brasil.
A descoberta dos corpos ocorreu durante uma inspeção dos agentes de segurança nas prisões de Manaus, na segunda-feira, anunciou a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) do Amazonas.
Segundo informações divulgadas pelo portal de notícias brasileiro G1, os reclusos encontrados sem vida estavam no Instituto Penal António Trindade (25 mortos), na Unidade Prisional do Puraquequara (seis), no Centro de Detenção Provisória Masculino (cinco) e no Complexo Penitenciário Anisio Jobim (quatro).
Nesta última prisão, já tinham descobertos, no domingo, outros 15 presos mortos, após um confronto entre reclusos que começou durante o horário de visita do complexo, localizado a 28 quilómetros de Manaus.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública do Brasil anunciou que vai enviar uma Força de Intervenção Penitenciária para atuar nas prisões onde os massacres ocorreram, conforme pedido do Governo do Estado do Amazonas.
Segundo o ministério, a força pretende apoiar governos estaduais "em situações extraordinárias de crise no sistema penitenciário para controlar distúrbios e resolver outros problemas".
O COMPAJ já tinha sido palco, em janeiro de 2017, de um motim de 20 horas que causou 56 mortos.
Com quase 727 mil presos em 2016, o Brasil tem a terceira maior população prisional do mundo.