O INEM esclareceu que o helitransporte de Santana Lopes para Coimbra se deveu a critérios clínicos, após críticas pelo uso do meio aéreo quando não havia aparentemente perigo de vida.
O INEM rebateu esta noite os comentários que surgiram na sua página no Facebook, perante o uso do helicóptero do organismo, estacionado em Santa Comba Dão, para realizar o transporte de Santana Lopes para o Hospital Universitário de Coimbra (HUC), a cerca de duas dezenas de quilómetros do local do despiste do veículo conduzido pelo ex-primeiro-ministro.
"Gostava que o INEM publicasse nesta sua página qual foi a última vez em que um héli foi mobilizado para uma deslocação tão curta e, principalmente, para transportar um ferido ligeiro. Se o INEM der esse exemplo, apagarei esta mensagem", escreve um dos seguidores.
"Ontem a noite houve um grave acidente com uma vítima bastante grave e por acaso até estava em PCR e o helicóptero não foi mobilizado Enfim assim vai Portugal", aponta outro utilizador. "Quantos acidentes graves com capotamento acontecem sem a ativação do helicóptero?", questiona outro. Em duas horas havia mais de 360 comentários ao esclarecimento do INEM.
Ao JN, a porta-voz do Instituto de Emergência explicou que "o CODU [Centro de Orientação de Doentes Urgentes] recebeu o pedido de ajuda para um acidente grave com capotamento, com duas vítimas encarceradas, tendo acionado o helicóptero".
"Depois, com a avaliação clínica feita pelas equipas médicas no local a uma das vítimas [Santana Lopes], foi usado o helitransporte", acrescentou, frisando que "jamais o INEM indicou que se tratavam de feridos ligeiros".
O alerta para acidente do presidente do Aliança e ex-primeiro-ministro, Santana Lopes, e do cabeça de lista às europeias pelo partido, Paulo Sande, foi dado pelas 17.05 horas ao CODU, que enviou para o local, além do héli de Santa Comba Dão, uma viatura médica de emergência e reanimação do Hospital dos Covões e duas ambulâncias dos bombeiros voluntários de Pombal e de Soure.
Santana Lopes foi transportado de helicóptero para os HUC e Paulo Sande seguiu de ambulância acompanhado por uma equipa médica do Hospital dos Covões.
A necessidade de pouso do helicóptero na A1 levou a que a autoestrada fosse cortada ao trânsito durante uma hora e meia nso dois sentidos.