O senador dos Estados Unidos Rick Scott, do Partido Republicano, disse em Bogotá que a Venezuela não se pode converter numa Síria, ao mesmo tempo que qualificou a situação no país como um "genocídio".
"É muito importante não permitir que a Venezuela se converta na Síria", disse Rick Scott numa declaração conjunta com o presidente da Colômbia, Iván Duque, no fim de uma reunião.
Para o senador que foi governador da Flórida entre 2011 e 2019, o presidente venezuelano Nicolás Maduro "tem de sair agora" do seu país. "A situação é um genocídio, muitas pessoas, crianças, morrem nas mãos de Maduro", afirmou.
A crise política na Venezuela agravou-se em 23 de janeiro, quando o líder do parlamento, Juan Guaidó, jurou assumir funções de presidente interino, formar um Governo de transição e organizar eleições livres, contando com apoio de mais de 50 países.
Na madrugada de 30 de abril, um grupo de militares manifestou apoio a Juan Guaidó, que pediu à população para sair à rua e exigir uma mudança de regime. Nicolás Maduro, no poder desde 2013, denunciou a iniciativa do presidente do parlamento como uma tentativa de golpe de Estado.
À crise política na Venezuela soma-se uma grave crise económica e social, que já levou mais de 2,3 milhões de pessoas a emigrarem desde 2015, segundo as Nações Unias.
Na Síria pelo menos 371.222 pessoas morreram desde o início da revolta popular em 15 de março de 2011, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, que considera que o número de mortos pode superar as 570 mil pessoas.