Um confronto a tiro entre presos de dois grupos provocou pelo menos sete mortos e 20 feridos numa prisão na Guatemala, que as autoridades procuram controlar.
A agência Efe conseguiu contabilizar no local sete cadáveres, se bem que anteriormente o vice-presidente do país, Jafeth Cabrera, tinha indicado que os mortos eram três.
Este tiroteio ocorreu na Quinta de Reabilitação Pavão, situada a 25 quilómetros a sudeste da capital guatemalteca.
Quando questionado sobre a situação, o vice-presidente respondeu que "há grupos que em vez de se reabilitarem continuam a delinquir".
Construída na década de 1960 com capacidade para um milhar de detidos, o cárcere de Pavão tem 4.137 reclusos, na sua maioria condenados por assassínio e tráfico de droga.
Uma das últimas situações violentas em Pavão ocorreu em 18 de junho de 2016, quando foi assassinado o ex-capitão do Exército Byron Limpia, que cumpria 20 anos de prisão pelo homicídio do bispo guatemalteco Juan Gerardi, bem como outros 11 presos e uma modelo argentina que o visitava.
O Sistema Penitenciário da Guatemala, que já reconheceu que não controla as suas prisões, é responsável pelos 22 cárceres públicos do país, em forte sobrelotação, uma vez que têm capacidade para 6.800 presos, mas albergam 24.982, dos quais 12.873 estão em prisão preventiva.