Pelo menos 15 menores, entre os 14 e os 17 anos, ficaram feridos nos protestos de quarta-feira na Venezuela, informou a UNICEF, que pediu proteção para os que participam nas manifestações.
"Os protestos potencialmente violentos nas ruas da Venezuela estão a expor os jovens a lesões e a danos", diz-se num comunicado de Henrietta Fore, a diretora executiva da agência da ONU para a infância, no qual pede a todos os envolvidos que tomem medidas imediatas para proteger as crianças de "qualquer tipo de violência".
Segundo a UNICEF, que cita informações recebidas diretamente, nas manifestações de quarta-feira pelo menos 15 menores ficaram feridos.
Dados dos serviços de saúde, citados pela agência de notícias AFP, indicam que há pelo menos 27 feridos na sequência das manifestações de hoje, convocadas pelo líder da oposição, Juan Guaidó. Uma das pessoas tem ferimentos de bala.
Na nota da UNICEF a diretora faz eco da mensagem do secretário geral da ONU, António Guterres, que pediu a todas as partes a "máxima moderação".
"As crianças e jovens da Venezuela devem poder desfrutar dos seus direitos à saúde, educação, proteção e participação de forma segura em todos os momentos", disse a responsável da UNICEF.
A agência das Nações Unidas recordou que está a trabalhar para apoiar os menores do país, facilitando vacinas, tratamentos contra a malária, água potável e materiais educativos.
A Venezuela teve hoje um dia de protestos violentos que deixaram quase uma centena de feridos e um morto, segundo dados da organização não governamental Provea.
Os protestos foram convocados por Juan Guaidó, que desencadeou na madrugada de terça-feira um ato de força contra o regime de Nicolás Maduro no qual estiveram envolvidos militares.