A GNR apreendeu, em Viana do Castelo, 20 quilos de meixão, avaliados em 150 mil euros e dois veículos com tanques especiais para o transporte vivo dos animais. Foram constituídos arguidos cinco homens, de nacionalidades portuguesa e chinesa. Desde o início das investigações a esta rede, o meixão apreendido está avaliado em 2,3 milhões de euros.
Os cinco homens, com idades entre os 30 e os 60 anos, foram intercetados durante uma investigação da responsabilidade do Comando Territorial de Setúbal, através do seu Núcleo de Investigação Criminal, e estão indiciados de comércio ilegal, contrabando e tráfico internacional de meixão, que tinha como destino o mercado asiático.
Segundo a GNR, "os suspeitos, com elevada organização e diversas células espalhadas pela Europa, tinham como "modus operandi" o recurso a "correios" para o transporte do meixão, para abastecer países como a China, o Vietname, a Tailândia e as Filipinas. Nos mercados internacionais o quilo do meixão é avaliado em cerca de 7500 euros, e em Portugal, entre os 500 a 1000 euros".
Nesta operação, a GNR realizou 10 buscas, das quais, seis em residências e quatro a empresas, localizadas no distrito de Viana do Castelo, tendo sido apreendido 20 quilos de meixão, dos quais três quilos vivo e 17 quilos congelado, que no mercado teriam um valor de 150 mil euros, dois veículos equipados com tanques especiais para o transporte do meixão vivo, dois tanques para manutenção das enguias bebés em estado vivo, contendo filtros e bombas de oxigenação, diverso material para a apanha, acondicionamento e transporte, duas garrafas de oxigénio industrial, cinco armas de fogo e munições de diversos calibres e 43 mil euros em dinheiro.
Os cinco suspeitos foram constituídos arguidos pela prática dos crimes de Dano Contra a Natureza, Comércio Ilegal, Contrabando Qualificado, Branqueamento de Capitais e Associação Criminosa.
Durante a realização das buscas a uma das residências, a GNR apreendeu também três mil litros de aguardente, por terem sido produzidos e armazenados em local não autorizado. O visado, um homem de 62 anos, foi constituído arguido e sujeito à medida de coação de termo de identidade e residência, incorrendo na prática de um crime de introdução fraudulenta no consumo de bebidas alcoólicas, previsto e punido pelo Regime Geral das Infrações Tributárias). A mercadoria apreendida corresponde a uma prestação tributária devida ao Estado de cerca de 20 mil euros.
Desde o início das investigações, a GNR constituiu arguidos 19 indivíduos e apreendeu mais de 330 quilos de meixão, que ascende a um valor superior a 2 milhões e 300 mil euros. Nas buscas realizadas estiveram ainda empenhados militares da Unidade de Ação Fiscal e contaram com a colaboração do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas.