Famílias de doentes idosos que estão nos hospitais há meses indignadas com corte na comparticipação. Medida é apontada como necessária para controlar despesa com saúde do subsistema.
A ADSE está a deixar de comparticipar o pagamento de internamentos prolongados em hospitais privados. Desde fevereiro que beneficiários (e familiares) nestas condições estão a ser informados que têm de procurar uma alternativa, nomeadamente na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) do Serviço Nacional de Saúde. A situação está a afetar pessoas muito idosas, com múltiplos problemas de saúde, para quem não há resposta na rede pública.
Há um hospital privado no Norte que teve uma dúzia de casos. Familiares de quatro desses doentes enviaram, em fevereiro, uma carta ao Conselho Diretivo da ADSE, bem como ao primeiro-ministro, expondo as dificuldades por que estão a passar. Sem resposta. Entretanto, uma das doentes, com 98 anos, morreu, e outros foram internados em lares sem a mesma qualidade assistencial e já agravaram o quadro clínico.