O número de autos registados por contraordenações rodoviárias quase duplicou no último ano, fixando-se em mais de 1,7 milhões em 2018, revela o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI).
Este salto quantitativo foi também acompanhado de uma maior eficácia no tratamento: mais 74% de autos decididos, menos 66% prescritos e mais 33% de multas cobradas, correspondentes a um aumento de 260 mil euros entrados nos cofres públicos.
No ano passado, o Sistema de Informação e Gestão dos Autos (SIGA) registou mais 737 mil contraordenações, mais 75% do que em 2017. Em termos absolutos, o maior aumento deu-se nas infrações leves, que subiram de 691 mil para 1,1 milhões. Em termos relativos, as infrações graves aumentaram de 243 mil para 547 mil. Já as infrações muito graves passaram de 56 mil para 61 mil.
O aumento da eficácia no processamento dos autos gerou uma queda acentuada no número de prescrições (de 62 mil em 2017 para 21 mil em 2018) e traduziu-se também num sólido crescimento das cobranças, de 840 mil euros para 1,1 milhões.
Quanto ao número de autos decididos, verificou-se um crescimento de 74%, mais acentuadamente nas infrações graves que passaram de 30 mil para 207 mil (596%) e muito graves de 7293 para 27 mil (272%).
TRIPLO DE CARTAS CASSADAS
O sistema de carta por pontos, iniciado a junho de 2016, está agora a ter um impacto bem mais forte. Em 2017, tinham sido cassadas 64 cartas. Todavia, no ano passado foram cassadas 182. E também o número de processos de cassação instruídos deu um salto de 64 para 610.
Refira-se ainda que no ano passado houve 48 mil condutores sancionados com perda de pontos na carta, mais 29 mil que em 2017.v
crimes rodoviários registados em 2018
sendo que mais de metade correspondem a condução com taxa de álcool igual superior a 1,2 g/l, 9500 a condução sem habilitação legal e 360 por homicídio por negligência em acidente de viação.
infrações por velocidade registadas no ano passado pelo Sistema Nacional de Controlo de Velocidade. A maior parte foram infrações leves (149 mil) e graves (140 mil). As infrações muito graves ficaram-se pelos 5088.