A polícia brasileira prendeu, esta terça-feira, dois antigos agentes da Polícia Militar no Rio de Janeiro suspeitos pelos homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
Segundo a imprensa brasileira, agentes da Divisão de Homicídios e promotores do Ministério Público estadual do Rio de Janeiro prenderam (...) o polícia militar reformado Ronnie Lessa, 48 anos, e o ex-polícia militar Élcio Vieira de Queiroz, de 46 anos, apontados como suspeitos pelos assassínios da vereadora Marielle Franco e do seu motorista.
Ronnie Lessa é apontado pelas investigações como o suspeito que disparou sobre Marielle Franco. O G1 adianta que durante o dia de hoje "haverá buscas em 34 endereços de outros suspeitos".
O antigo polícia militar, na reforma com o posto de sargento, "foi preso em casa". Ronnie Lessa "mora no mesmo condomínio onde o Presidente Jair Bolsonaro tem uma casa, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio", avança o portal da Globo.
Marielle Franco, vereadora no Rio de Janeiro pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), e defensora dos direitos humanos, foi assassinada na noite de 14 de março de 2018, completa esta próxima quinta-feira um ano, quando viajava de carro pelo centro do Rio de Janeiro, depois de participar num ato político com mulheres negras.
De acordo com o G1, o autor dos disparos contra a vereadora realizou "pesquisas na internet sobre locais que a vereadora frequentava" e a investigação apurou também que "desde outubro de 2017" pesquisava também "a vida do então deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL)".
Ronnie Lessa terá ainda "feito pesquisas sobre o então interventor na segurança pública do Rio, general Braga Neto", noticia o G1.
Lessa foi detido no âmbito de uma operação denominada como "Operação Lume", batizada em referência a uma praça no Centro do Rio, conhecida como Buraco do Lume, onde Marielle Franco desenvolvia um projeto chamado Lume Feminista.
A vereadora costumava reunir-se no mesmo local com outros defensores dos direitos humanos e membros do PSOL.
"É incontestável que Marielle Francisco da Silva foi sumariamente executada em razão da atuação política na defesa das causas que defendia", afirma o denúncia do homicídio, citada pelo G1, acrescentando que "a barbárie praticada na noite de 14 de março do ano passado foi um golpe ao Estado Democrático de Direito", acrescenta o portal.