O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai receber o seu homólogo brasileiro, Jair Bolsonaro, a 19 de março.
Segundo um comunicado divulgado pela Casa Branca, os dois chefes de Estado irão discutir oportunidades de cooperação nas áreas da defesa e políticas comerciais, assim como a situação do conflito na Venezuela.
"O presidente Trump e o presidente Bolsonaro irão discutir como construir um hemisfério ocidental mais próspero, seguro e democrático. Os líderes das duas maiores economias do hemisfério irão também discutir oportunidades de cooperação de defesa, políticas comerciais de pró-crescimento, combate ao crime transnacional, e a restauração da democracia da Venezuela", refere o comunicado.
O encontro decorrerá no Salão Oval da Casa Branca, seguindo-se um almoço.
Com a visita aos Estados Unidos este mês, o chefe de Estado do Brasil procura consolidar uma relação com o presidente norte-americano, Donald Trump, do qual é um admirador confesso.
Os dois países têm-se aproximado militarmente, tendo Bolsonaro afirmado, em janeiro, que não descartaria a instalação de uma base militar dos EUA no Brasil. "Se pensarmos no que poderá acontecer no mundo, quem sabe se não teremos que discutir esta questão no futuro", disse.
Após ser empossado, o ex-capitão do exército reuniu-se na capital federal brasileira com o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, tendo prometido que iria fortalecer a cooperação económica e na área da segurança entre os dois países, bem como na luta contra os "regimes autoritários" de Venezuela e Cuba.
"A minha reaproximação aos Estados Unidos é económica, mas também pode ser militar", acrescentou, naquela que foi a primeira entrevista televisiva de Bolsonaro enquanto presidente.
A 22 de fevereiro, o general Alcides Valeriano Júnior foi anunciado como o primeiro militar brasileiro a assumir um posto no Comando Sul das Forças Armadas dos Estados Unidos, tendo sido designado para o cargo de subcomando, consolidando uma ligação entre os dois Estados.
"A missão do general Alcides será atuar como ligação entre o Brasil e o Comando Sul. Ele será um assessor do comando e estará subordinado às autoridades norte-americanas, da mesma forma como um oficial de outro país que participasse num comando conjunto no Brasil ficaria subordinado às nossas Forças Armadas", disse o comandante do Exército, general Edson Leal Pujol.