"A Polícia estava farta de saber dos problemas que havia entre o novo proprietário do prédio e a minha família. Eu já não sabia mais que havia de fazer".
"Andava entre a PSP e a Judiciária porque sentia-me impotente e a temer por uma tragédia destas", refere a irmã da idosa que, juntamente com os três filhos, ficou sem casa na Rua de Alexandre Braga, no Porto, supostamente devido a fogo posto que destruiu o imóvel na madrugada de sábado. Um dos filhos, António Gonçalves, de 55 anos, morreu carbonizado.
"As ameaças eram constantes e a tragédia era iminente, já no sábado anterior, tinha havido um foco de incêndio suspeito no prédio. Fiz uma participação na Polícia, mas de nada valeu. Os agentes afirmaram que não podiam colocar um elemento 24 horas à porta da casa", acrescenta a familiar que recusa identificar-se.