Representantes do autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, denunciaram, esta sexta-feira, que a rede consular venezuelana nos Estados Unidos "foi desmantelada" por ordens de Caracas e que a oposição iniciou diligências para assumir o controlo efetivo das mesmas.
A denúncia foi feita por Carlos Vecchio, nomeado, por Juan Guaidó, como delegado da Venezuela nos EUA, numa conferência de imprensa, em Washington.
O representante precisou que a oposição de Maduro vai assumir o controlo da Embaixada e outras cinco sedes consulares naquela cidade e três em Nova Iorque.
Por outro lado, explicou que desertaram 11 dos 56 funcionários venezuelanos acreditados nos EUA e que manifestaram "reconhecer o Governo do Presidente interino Juan Guaidó e hoje colaboram com a restituição da ordem constitucional".
Na mesma ocasião, o responsável divulgou o Primeiro Relatório do Serviço Diplomático e Consular da Venezuela nos EUA, dando conta da "situação atual do serviço consular" venezuelano em território norte-americano.
"O regime de (Nicolás) Maduro destruiu a rede de serviço consular (...) estamos a rever a relação contratual de arrendamento das sedes consulares, com os seus proprietários", disse.
O documento sublinha que, além de encerrados e desmantelados os escritórios do serviço consular, foram levados 3500 "passaportes por entregar, carimbos e prorrogas por entregar".
Acrescenta também que os funcionários ao serviço de Nicolás Maduro ficaram com os pagamentos por serviços prestados, etiquetas de vistos e películas de proteção, o hardware que servia de ponte informático com a Venezuela e os "enlaces" com o Serviço Administrativo de Identificação Migração e Estrangeiros e com o Conselho Nacional Eleitoral venezuelano.