No final do contrato de concessão do serviço postal nacional aos CTT, o Governo vai avaliar a renacionalização do serviço, garantiu António Costa, esta sexta-feira, no debate quinzenal, no Parlamento.
"Não nos vamos precipitar porque temos de cumprir regras", começou por responder o primeiro-ministro ao secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, sublinhando que a situação dos CTT é bem diferente da TAP ou das concessões da Carris ou CP porque esses contratos ainda não estavam concluídos. "Temos de cumprir e respeitar o contrato", frisou António Costa. No final, garantiu, "faremos o que nos compete: avaliar e em função dessa avaliação, decidir".
Jerónimo de Sousa defendeu a renacionalização dos CTT como um "exemplo flagrante" de "um negócio de privatização ruinoso". "Oxalá não seja tarde" esperar pelo balanço, retorquiu o secretário-geral do PCP após a garantia do primeiro-ministro.
A coordenadora do BE voltou ao tema mais tarde. Catarina Martins perguntou pelas conclusões do grupo de trabalho anunciado pelo Governo para analisar a gestão dos CTT. António Costa começou por explicar que "em parte a avaliação está a ser feita pela Anacom" (a autoridade reguladora em Portugal das comunicações postais e das comunicações eletrónicas). A líder bloquista insistiu que o Governo "não se pode demitir para a reguladora".