O Tribunal Criminal de Lisboa absolveu Duarte Lima do crime de abuso de confiança de que era acusado no processo Rosalina Ribeiro, avança o jornal "Expresso".
O advogado foi absolvido depois de o Ministério Público (MP) o ter acusado de se ter apropriado indevidamente de cinco milhões de euros pertencentes a uma cliente, Rosalina Ribeiro, assassinada no Brasil a 7 de dezembro de 2009. De acordo com a investigação da polícia brasileira, estes cinco milhões teriam sido o móbil para o ex-líder parlamentar do PSD matar a tiro Rosalina Ribeiro.
Durante o julgamento, o MP acabou por pedir a absolvição de Duarte Lima, na sequência do depoimento de Armando Carvalho, afilhado de Rosalina, que, depois de ter dito, na fase de investigação, que a madrinha se queixara do advogado, acabou por afirmar que a mulher nunca se queixou de nada, avança o jornal.
"Tal acusação em relação à minha cliente, com a qual nunca tive nenhum diferendo ou desentendimento, tal como a acusação em relação à Herança Feteira, foi repetida milhares de vezes na comunicação social ao longo dos últimos anos. Foi ela, aliás, que serviu de fundamento e motivo para que me fosse atribuído um crime hediondo no Brasil, o crime mais grave que pode ser atribuído a um ser humano", reagiu Duarte Lima, num comunicado enviado à agência Lusa.
Na fase de instrução, Duarte Lima disse que o dinheiro lhe era devido por conta dos serviços jurídicos que terá prestado a Rosalina Ribeiro.
A leitura da sentença estava marcada para 28 de janeiro mas foi antecipada para esta segunda-feira, 7 de janeiro.
Paralelamente a este processo, Duarte Lima foi condenado a seis anos de prisão no caso Homeland/BPN, sendo que a defesa está a preparar um último recurso.