O corpo de um homem desaparecido na Austrália poderia ter sido descoberto 18 meses mais cedo se os investigadores não tivessem seguido as pistas erradas do Google Maps.
Darrel Simon, de 46 anos, foi visto pela última vez em novembro de 2014, na casa do companheiro, a cerca de 80 quilómetros de Brisbane, em Queensland, na Austrália.
As autoridades fizeram buscas nos locais próximos à sua habitação, utilizando o Google Maps para delimitar os espaços para os trabalhos, mas os restos mortais só foram encontrados mais de dois anos depois, em maio de 2016.
Depois da autópsia, os especialistas concluíram que o homem se tinha suicidado.
O mapa utilizado pelas autoridades continha falhas geográficas no que toca aos limites da propriedade do homem. Ou seja, os voluntários que participaram nas buscas apenas cobriram uma parte da propriedade de Darren, deixando cerca de metade por investigar.
"Lamentamos o facto de a pesquisa no solo apenas ter sido feita em relação a metade da sua propriedade. Isso não deveria ter acontecido", lamentou, citado pela BBC, John Lock, um dos investigadores que participou nas buscas.
Os restos mortais acabaram por ser encontrados pelas pessoas que adquiriram o terreno depois de um período de seca em que grande parte da vegetação no local desapareceu.
De acordo com o relatório da equipa legista, o serviço da Google provou ser "menos útil" na determinação dos limites da propriedade do que outras ferramentas que a polícia poderia ter usado, atrasando as buscas em cerca de ano e meio.