O dirigente comunista Dias Coelho defendeu, terça-feira, que só pode haver justiça social em Portugal se existir uma melhor distribuição da riqueza, melhores salários e reformas, e disse encarar com confiança os próximos atos eleitorais.
Esta posição foi transmitida à agência Lusa pelo membro da Comissão Política do PCP em reação à mensagem de Ano Novo do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
"O senhor Presidente da República referiu a questão da justiça social. Nós queremos dizer que não pode haver justiça social se não houver uma melhor distribuição da riqueza, melhores salários e reformas", sustentou Dias Coelho.
Para o dirigente comunista, ao longo de 2018, o seu partido teve "um papel decisivo na reposição e na conquista de diretos".
"Queremos salientar que no processo de reposição e de reconquista de direitos, ao longo de 2018, se alargou a atribuição gratuita de manuais escolares, repôs-se novamente o pagamento integral do subsídio de Natal aos reformados, assim como direitos em áreas como a da saúde. Salientamos, ainda, que no ano que agora terminou demonstrou-se que o caminho verdadeiramente alternativo que está colocado ao povo português reside na política patriótica de esquerda capaz de libertar recursos e meios para que haja desenvolvimento e melhor distribuição da riqueza", advogou o dirigente do PCP.
Já em relação à parte da mensagem do Presidente da República em que foi deixado um apelo à participação dos portugueses nas eleições europeias, regionais da Madeira e legislativas, Dias Coelho referiu-se a essas "importantes batalhas eleitorais", dizendo que "reside na vontade, na força, na luta e também no voto do povo a resposta aos problemas que lhe estão colocados".
"Uma resposta que o PCP encara com confiança, porque confia nos trabalhadores e no povo, na sua sabedoria e capacidade de transformar e modificar", acrescentou.