O presidente dos Estados Unidos confirmou hoje a sua decisão de retirar as tropas norte-americanas da Síria e afirmou, durante uma visita às tropas deslocadas no Iraque, que o seu país não pode ser "a polícia do mundo".
As declarações de Donald Trump aos jornalistas foram feitas à chegada à base aérea de Al Asad, situada a oeste de Bagdade, na sua primeira viagem como Presidente a tropas norte-americanas estacionadas em zonas problemáticas.
O presidente norte-americano defendeu a sua decisão de retirar as tropas da Síria, onde estão colocados 2.000 soldados que integram uma coligação internacional contra o grupo extremista Estado Islâmico (EI), e contou como foi dando prazos aos generais norte-americanos para deixar o país.
"Eles disseram recentemente que poderiam ter mais tempo, eu disse não. Não podem ter mais tempo, tiveram tempo suficiente, nós derrotámo-los", disse Donald Trump.
Contou ainda que manteve "muito boas conversas" com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.
"Os Estados Unidos não podem continuar a ser a polícia do mundo", repetiu Trump, que se opôs a que alguns países usem os Estados Unidos e a sua credibilidade militar para se protegerem.
"Eles não pagam por isso e tem que fazê-lo", acrescentou o Presidente norte-americano, que classificou como "ridículo" o facto de tropas norte-americanas estarem em "países em que a maioria das pessoas nunca ouviu falar".
Donald Trump adiantou que a sua visita às tropas no Iraque também serviu para prestar homenagem aos "grandes soldados" que permanecem no país árabe.
O chefe de Estado norte-americano tinha prevista para hoje uma reunião com o primeiro-ministro iraquiano, Adel Abdelmahdi, que foi cancelada.