O Ministério do Ambiente demitiu o vogal do Conselho de Administração da Transtejo com responsabilidade pela componente operacional.
Ao que foi possível apurar, José Osvaldo Bagarrão foi afastado na sequência das supressões de carreiras entre as duas margens do Tejo e que esta terça-feira motivaram a que passageiros insatisfeitos no Cais do Seixal irrompessem pelas cancelas para entrar numa embarcação já lotada, o que originou a interrupção total do serviço.
Questionado pelo JN, o Ministério do Ambiente confirma a demissão, mas não avança com os motivos. A Transtejo refere que o administrador cessa funções a partir de amanhã, sexta-feira. A invasão à embarcação na tarde de terça-feira não foi situação isolada e tais manifestações de desagrado por passageiros já tinham sido registadas no início do ano repetindo desde o início do ano, conforme referiu ao JN fonte oficial da administração da Transtejo quando retratou o que aconteceu na manhã de terça-feira no cais fluvial do Seixal. "No terminal fluvial do Seixal, perante as incontornáveis supressões de algumas carreiras, surgiram manifestações de impaciência por parte dos passageiros, à semelhança de outras registadas durante o 1º trimestre do ano".
Para além da Transtejo, José Osvaldo Bagarrão, com 65 anos, já desempenhou cargos de direção de exploração comercial no Metro de Lisboa, entre 2001 e 2012, e foi técnico assessor na Direção dos Transportes em Macau nos anos 90.