Um ex-polícia russo, já condenado à prisão perpétua pela morte de 22 mulheres, foi esta segunda-feira sentenciado na Sibéria por mais 56 homicídios, o que o torna no maior assassino em série da história recente da Rússia.
O tribunal de Irkutsk, na Sibéria, considerou Mikhail Popkov responsável pela morte de mais 56 mulheres, entre 1992 e 2007, informou o Ministério Público num comunicado divulgado por agências de notícias.
Com 78 assassínios, Mikhail Popkov ultrapassou o "recorde" dos dois assassinos em série mais famosos da Rússia, Andrei Tchikatilo, executado em 1994 pelas mortes de 53 adolescentes e crianças, e Alexander Pichushkin, condenado em 2007 a prisão perpétua pelos assassínios de 48 pessoas.
Mikhail Popkov - conhecido como "o maníaco de Angarsk" - tinha "uma necessidade patológica de matar pessoas", lê-se na sentença. Foi condenado a uma segunda sentença de prisão perpétua.
Popkov, que deixou a polícia em 1998 - abandonava as suas vítimas em florestas, em cemitérios ou na beira de estradas.
Duas mulheres sobreviveram aos ataques de Mikhail Popkov, apesar de ferimentos graves.
O ex-polícia atraia mulheres que estavam alcoolizadas ou ainda aquelas que considerava que levavam uma "vida imoral", matando-as com a ajuda de um machado e um martelo.
Os investigadores identificaram o assassino em 2012, depois de realizarem análises de ADN a habitantes da região que possuíam um carro que combinava com os traços dos pneus deixados nos locais dos crimes.