O Aliança, novo partido fundado por Pedro Santana Lopes condena veementemente as falsas presenças e as votações fraudulentas na Assembleia da República, bem como outros problemas que têm vindo a enfraquecer o Parlamento. Em comunicado, o partido afirmou que estas situações são "um insulto à democracia" e que, por isso, "importa apurar a verdade e agir sem contemplações".
O partido de Santana Lopes estreou, também, na sua página de Facebook. O partido fez uso da plataforma de vídeos - Youtube - para divulgar o comunicado através de diferentes porta-vozes do partido.
O antigo presidente do PSD relembra, através do comunicado, que a situação das presenças "fantasma" bem como a situação das moradas falsas e os pagamentos indevidos por viagens "contribuem para o descrédito do Parlamento" e que, por isso mesmo, "exigem um procedimento imediato de clarificação e imposição da Ética e da legalidade".
"Quem está na vida política e representa os seus concidadãos tem de dar o exemplo do respeito pela Lei e, também, da Moral", lê-se no comunicado. O documento refere que estas "situações só contribuem para afastar os cidadãos da Política e também ajudam a explicar o aumento da abstenção, por exemplo, de 17,3%, nas Legislativas de 1979 para 44,14%, nas Legislativas de 2015".
Além das referências aos problemas que têm atingido a Assembleia, o comunicado menciona também a recente troca de insultos entre os deputados do PS e CDS, referindo que "nada haverá de mais prejudicial do que acusações entre Partidos".
"Queremos mudar este paradigma e de uma vez por todas limpar as instituições deste estado degradado em que se encontram, devolvendo-lhes a credibilidade e respeito que devem merecer", lê-se.
O comunicado, assinado pela Comissão Instaladora Nacional do partido, levanta uma série de problemas relacionados com o sistema eleitoral existente na Assembleia da República, reiterando que este necessita de "uma reforma profunda". Sugere, ainda, a introdução do "método de eleição em círculos uninominais". Segundo o Aliança, permite "desde logo responsabilizar os eleitos junto dos eleitores".