O movimento dos "coletes amarelos" voltou às ruas, este sábado, em França. Em Paris, o cenário é de guerra civil, com cenas de "violência raramente vistas".
Segundo o último balanço das autoridades, registam-se mais de 80 feridos nos confrontos deste sábado em Paris, 14 dos quais são agentes das forças de segurança. Há pelo menos 255 detidos.
Devido às cenas de "violência raramente vistas", como classificou o primeiro-ministro francês, Édouard Philippe, foram encerrados vários espaços comerciais da capital francesa e pelo menos 19 estações de metro.
O presidente francês, Emmanuel Macron, garantiu hoje que nunca aceitará a violência. "Nada justifica que as forças da ordem sejam atacadas, que as lojas sejam saqueadas, que os transeuntes ou os jornalistas sejam ameaçados, que o Arco do Triunfo esteja contaminado", afirmou o chefe de Estado, em Buenos Aires, no final da cimeira dos G20.
Macron garantiu que os responsáveis pela violência, ataques e vandalismo "serão responsabilizados pelos seus atos" e que no domingo se realizará uma reunião de emergência governamental.
O movimento dos "coletes amarelos" nasceu espontaneamente, através das redes sociais, contra o aumento dos impostos dos combustíveis em França. Este sábado estima-se que 75 mil pessoas tenham participado no protesto.