Astrónomos descobriram um sistema de duas estrelas envolto numa nuvem de poeira em forma de espiral, sugerindo que uma delas está a girar extremamente rápido, podendo desencadear uma das maiores explosões do Universo.
O sistema estelar binário está localizado a cerca de oito mil anos-luz da Terra e foi detetado por uma equipa internacional de astrónomos, tendo os resultados sido publicados esta segunda-feira na revista científica Nature Astronomy.
As duas estrelas em causa são da classe 'Wolf-Rayet', consideradas das mais quentes do Universo e que expelem 'ventos' de gás quente, sendo a última etapa da evolução das estrelas com maior massa antes de explodirem como supernovas.
A colisão de ventos entre as duas estrelas provoca uma nuvem de poeira estelar que adquire a forma de uma espiral quando as estrelas rodopiam uma na outra.
A equipa de astrónomos descobriu, mediante observações feitas com telescópios no Chile e na Austrália, que o sistema estelar produz ventos cem mil vezes mais rápidos do que um furacão na Terra, assinala em comunicado a universidade britânica de Sheffield, que participou na investigação.
A explosão de raios-gama, associada a supernovas (explosão de estrelas moribundas), é considerada a explosão mais energética do Universo.