Os restos mortais de uma pessoa encontrados numa casa em Roma, Itália, podem ajudar a resolver um mistério que dura há mais três décadas.
Os fragmentos de ossos foram descobertos durante as obras de construção na embaixada do Vaticano, em Roma, junto ao museu Villa Borghese.
Um comunicado emitido pelos responsáveis do Vaticano explica que os especialistas estavam a tentar determinar a idade, o sexo e a data da morte da pessoa em causa.
Os meios de comunicação italianos têm avançado que os restos mortais podem pertencer à filha de um empregado do Vaticano, que desapareceu em 1983. Emanuela Orlandi tinha 15 anos e o seu desaparecimento tem sido ligado ao crime organizado ou a uma tentativa de forçar a libertação da prisão de Mehmet Agca, o turco que tentou assassinar o papa João Paulo II, em 1981.
O irmão de Orlandi, Pietro, faz campanha há vários anos para descobrir o que aconteceu com a irmã, acusando o Vaticano de permanecer em silêncio sobre o caso.
Outra possibilidade levantada pelos jornais italianos é a de que as ossadas podem pertencer a Mirella Gregori, que desapareceu em Roma, 40 dias antes de Emanuela, quando também tinha 15 anos. A rapariga tinha atendido o intercomunicado da casa da família e disse aos pais que era um colega da escola. Depois de ter saído de casa para falar com ele, Mirella nunca mais foi vista.
Os detetives acreditam que os dois casos podem estar relacionados. No comunicado enviado à comunicação social, a Santa Sé explica que está a colaborar com as autoridades italianas para tentar identificar a identidade da vítima mortal.