De uma assentada, a uma ano do fim da legislatura, António Costa mudou quatro ministros. Três já estavam na órbita da Governação, mas a pasta mais difícil fica para uma mulher especializada em Administração Hospitalar.
A atual secretária de Estado Adjunta e da Modernização Administrativa, Graça Fonseca, vai desempenhar as funções de ministra da Cultura, em substituição de Luís Filipe Castro Mendes. No executivo de António Costa, esta é a segunda mudança na pasta da Cultura.
Graça Fonseca, passa de secretária de Estado Adjunta e da Modernização Administrativa a ministra da Cultura
Foto: Jorge Amaral/Global Imagens
Graça Fonseca foi Investigadora do Centro de Estudos Sociais da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, entre 1996 e 2000, e vereadora na Câmara Municipal de Lisboa com os pelouros da Economia, Inovação, Educação e Reforma Administrativa, entre 2009 e 2015.
Exerceu funções como chefe de gabinete do Ministro de Estado e da Administração Interna, António Costa, entre 2005 e 2007, no primeiro Governo liderado por José Sócrates.
A nova ministra da Saúde
Marta Temido fica, provavelmente, com a pasta mais difícil deste governo. Especializada em Administração Hospitalar pela Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa, Marta Temido exercia os cargos de subdiretora do Instituto de Higiene e Medicina Tropical e de presidente não executiva do conselho de administração do Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa .
Entre 2016 e 2017, Marta Temido foi presidente do conselho diretivo da Administração Central do Sistema de Saúde.
Marta Temido fica com a pasta mais difícil do Governo, a Saúde
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Marta Alexandra Fartura Braga Temido de Almeida Simões nasceu em Coimbra em 1974, é doutorada em Saúde Internacional pelo Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa, detendo um mestrado em Gestão e Economia da Saúde, pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, e Licenciatura em Direito, pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.
Pedro Siza Vieira na Economia a acumular cargo
O primeiro-ministro propôs ao Presidente da República que o atual ministro Adjunto, Pedro Siza Vieira, fique também responsável pela pasta da Economia, em substituição de Manuel Caldeira Cabral.
Ministro Adjunto no XXI Governo Constitucional desde Outubro de 2017, Pedro Gramaxo de Carvalho Siza Vieira é licenciado pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (1987).
Pedro Siza Vieira acumula o cargo de ministro-adjunto com o da Economia
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Na sua atividade académica, foi monitor na Faculdade de Direito de Lisboa e assistente na Universidade Autónoma de Lisboa e ainda, professor convidado da Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa e da Universidade Nova de Lisboa.
Como advogado, foi sócio da Morais Leitão, J. Galvão Teles e Associados, Sociedade de Advogados e, de 2002 a outubro de 2017, sócio da Linklaters LLP, sendo Managing Partner do escritório de Lisboa desta sociedade, entre 2006 e 2016.
Entre outras funções, Pedro Siza Vieira foi membro da Direção da Associação das Sociedades de Advogados de Portugal e presidente da Associação Portuguesa de Arbitragem.
No plano profissional, destacou-se ainda no desempenho de funções no Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais e vogal da Comissão Executiva da Estrutura de Missão para a Capitalização de Empresas.
João Gomes Cravinho é o novo ministro da Defesa
O antigo secretário de Estado da Cooperação João Gomes Cravinho é o novo ministro da Defesa Nacional, em substituição de José Azeredo Lopes.
Doutorado em Ciência Política pela Universidade de Oxford, e com mestrado e licenciatura pela London School of Economics, João Gomes Cravinho é embaixador da União Europeia no Brasil, desde agosto de 2015, tendo desempenhado o mesmo cargo na Índia entre 2011 e 2015.
Ex-secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros de José Sócrates, João Gomes Cravinho regressa ao Governo de Portugal para ministro da Defesa
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Entre março de 2005 e junho de 2011, João Gomes Cravinho foi secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, nos XVII e XVIII governos constitucionais liderados por José Sócrates.
Foi também secretário de Estado da Defesa durante a tutela do ministro Luís Amado no executivo de José Sócrates.