O terceiro classificado nas eleições presidenciais brasileiras Ciro Gomes (PDT) recusou esta segunda-feira qualquer apoio na segunda volta ao candidato da extrema-direita Jair Bolsonaro (PSL), afirmando-se como opositor do fascismo.
Hoje, o "meu espírito é de continuar fazendo o que eu fiz a vida inteira: lutar em defesa da democracia e contra o fascismo. Uma coisa já está decidida: Ele não [citando a campanha #elenão, contra o candidato Jair Bolsonaro] sem dúvida", assegurou Ciro Gomes, que obteve 12,5 por cento dos votos nas eleições presidenciais de domingo.
"Esse é o sentimento que eu termino: gratidão, profunda gratidão ao povo brasileiro", disse o antigo governador do estado do Ceará.
O candidato Jair Bolsonaro (PSL) venceu as eleições presidenciais brasileiras deste domingo, com 46,7% dos votos, seguido de Fernando Haddad (PT), com 28,37%, quando estavam apuradas 96% das secções de voto, confirmando uma segunda volta entre ambos.
Segundo os dados do Tribunal Superior Eleitoral, que começaram a ser divulgados às 19 horas (23 horas em Portugal continental), no terceiro lugar da contagem ficou o candidato Ciro Gomes (PDT), com 12,52% dos votos contabilizados.
Os números foram divulgados cerca das 21 horas (1 hora em Portugal continental) e como nenhum candidato está já, oficialmente, em condições de atingir a marca de 50% dos votos válidos, haverá uma segunda volta.
A decisão sobre o sucessor de Michel Temer como 38.º presidente da República Federativa do Brasil fica assim adiada para 28 de outubro, com a eleição a ser disputada entre Jair Bolsonaro, o candidato da extrema-direita brasileira, e Fernando Haddad, que substituiu Lula da Silva na liderança da candidatura do PT (esquerda).
Neste domingo, 147 milhões de brasileiros foram às urnas para escolher um novo Presidente, membros do Parlamento (Câmara dos Deputados e Senado), além de governadores e legisladores regionais em todo o país.