A Polícia Judiciária deteve esta quinta-feira um sexto suspeito de pertencer ao grupo que assaltou e agrediu quase 30 idosos da Região Centro, entre fevereiro e julho deste ano, mas viu um juiz de instrução criminal libertar quatro dos cinco homens que já tinham sido detidos na terça-feira, por 19 assaltos em Coimbra, Figueira da Foz, Pombal, Leiria e Marinha Grande.
O interrogatório judicial dos primeiros cinco detidos começou na quarta-feira e terminou quinta-feira, com um resultado que caiu bastante mal entre os investigadores. O Ministério Público (MP) propôs para os cinco arguidos a prisão preventiva, mas um juiz de instrução de Leiria só a aplicou a um deles, reservando para os outros a mais leve de todas as medidas de coação, termo de identidade e residência.
Na terça-feira, a PJ tinha feito as buscas, entre a Figueira da Foz e a Marinha Grande e efetuado quatro detenções com mandados do MP. Entre os indícios que sustentaram os mandados, havia prova científica que ligava pelo menos um arguido aos assaltos. Os suspeitos identificavam casas isoladas onde moravam idosos e, à noite, encapuzados, surpreendiam as vítimas nos quartos, agrediam-nas e torturavam-nas, para que revelassem onde tinham dinheiro e ouro.
Uma octogenária de Pombal foi morta e um septuagenário da Figueira ficou em coma, após hora e meia de tortura, em que lhe fraturaram o crânio e três costelas e lhe infligiram cortes nos testículos e noutras partes do corpo.