As universidades e politécnicos começam a receber na segunda-feira os 43.992 novos alunos, que ficaram colocados na primeira fase do concurso de acesso ao Ensino Superior. Engenharias voltam a liderar a tabela.
Consulte aqui a lista dos resultados de acesso à 1.ª fase do Ensino Superior
Há menos alunos a entrar para o Ensino Superior nesta primeira fase do concurso. São menos 922 (2%) do que no ano letivo anterior. Ainda assim, o número de alunos colocados é o segundo mais alto desde 2010.
Esta diminuição já era prevista, devido à redução do número de alunos que se candidataram na primeira fase: foram 49.625, menos 2956 do que em 2017/2018. Também diminuíram os alunos, em cerca de três mil, que se inscreveram nos exames finais do secundário.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, explica ao JN que atribui este facto ao "aumento do mercado de trabalho" para empregos "com baixas qualificações" preenchidos por jovens com menos de 24 anos.
As engenharias voltam a encabeçar a tabela dos cursos com médias de entrada mais elevadas e, pelo terceiro ano consecutivo, ficam à frente dos de medicina.
Engenharia Civil (em inglês), na Faculdade de Ciências Exatas e da Engenharia da Universidade da Madeira, que só teve um aluno a concorrer, e por esse motivo, acabou for ser o primeiro da tabela dos cursos com a nota do último colocado mais alta. Teve uma média de 189,4 valores.
Segue-se Engenharia Física e Tecnológica, no Instituto Superior Técnico (IST), com 198 e Engenharia Aeroespacial, na mesma instituição com 188,5. Esta última tinha sido a primeira nos dois anos anteriores.
Engenharia e Gestão Industrial, na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (UP), com 183,2 é o curso seguinte da tabela que em quinto lugar apresenta Matemática Aplicada e Computação do IST, com 183,5 valores.
Bioengenharia da Faculdade de Engenharia na UP encontra-se em sexto, com 183, a que se segue Medicina no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da UP, com uma média de 182,2 valores.
O curso de Medicina, da UP, está na oitava posição com 181 valores, os mesmo alcançados por Engenharia Biomédica do IST. Medicina, na Universidade do Minho, fecha a lista dos dez mais.
Ficaram por preencher 7290 vagas, que serão agora disponibilizadas para a segunda fase do concurso. Há também a registar que 33 cursos não tiveram quaisquer colocados e 159 apresentam entre 1 a dez alunos colocados. Em 1074 cursos disponíveis no concurso, 678 ficaram com todas as vagas preenchidas.
De destacar ainda que 55% dos estudantes ficaram colocados no primeiro curso que escolheram, o que representa um aumento de 5,7% na comparação com o ano passado. E 89% dos candidatos ficaram colocados nesta primeira fase. As universidades de Lisboa e do Porto foram as mais procuradas pelos alunos que as colocaram em primeira opção. A UP registou o dobro de candidatos face aos lugares disponíveis: tinha 3976 vagas, recebeu 6834 candidatos. Na Universidade de Lisboa houve 8654 candidatos a disputar 7278 colocações.
As instituições de Lisboa e Porto foram as que perderam mais candidatos (1,3%) face ao ano anterior, fruto da opção governamental de levar mais alunos para as instituições das chamadas regiões de menor pressão demográfica. Estas viram crescer em 0,7% o total de alunos. Já o número dos estudantes que colocaram cursos nestas regiões como primeira opção cresceu 1,7%.