Uma antiga conselheira de Donald Trump acusou-o de se comportar "como um cão sem trela" nos eventos que decorrem na instância de recreio que possui em Mar-a-Lago, na Florida, quando a esposa, Melania Trump, está ausente.
Esta é apenas uma de várias denúncias escandalosas feitas por Omarosa Manigault Newman no seu novo livro, intitulado "Unhinged" ("Desvairado"), cuja saída está prevista para 14 de agosto.
Esta antiga participante da emissão televisiva "O Aprendiz", animada durante anos por Donald Trump, também o acusou de ser "racista, intolerante e misógino".
Ex-conselheira presidencial, encarregada do Gabinete de Relações Públicas até janeiro, Manigault Newman assegurou que três fontes lhe garantiram que têm gravações em que Trump aparece a dizer a palavra 'nigger' ('preto') várias vezes.
Herdada do período esclavagista, esta palavra é utilizada correntemente pelos 'rappers' norte-americanas, mas é considerada como um dos mais graves insultos raciais quando é utilizado pelos brancos.
O Washington Post adiantou que a equipa de campanha de Trump para as eleições de 2020 lhe ofereceu um emprego remunerado a 15 mil dólares mensais (13 mil euros), em troca de um contrato que a obrigava ao silêncio sobre todos os assuntos relacionados com Trump e a sua família.
Em reação, a assessora de imprensa da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, escreveu hoje em comunicado que, "em vez dizer a verdade sobre todo o bem que o Presidente Trump e o seu Governo estão a fazer para tornar os EUA seguros e prósperos", Manigault-Newman fez um livro que está cheio de "mentiras e falsas acusações".
No seu texto, Sanders considerou também que "é triste que uma antiga empregada da Casa Branca amargurada esteja em vias de lucrar com estas falsas acusações e ainda pior que os media lhe sirvam, agora de porta-voz, depois de nunca a terem levado a sério quando ela só tinha coisas positivas a dizer do presidente, quando ela trabalhava para o governo".
Segundo um excerto do livro divulgado no início do mês na edição eletrónica do jornal DailyMail, Omarosa Manigault-Newman considera que Trump tem exibido "um declínio mental que não pode ser negado".