O fogo que lavra em Monchique quase chegou a Portimão e obrigou à retirada de mais de 250 pessoas durante noite. Foram assistidas 79 e há 29 feridos, mas apenas um grave. Seis focos ainda "complexos".
Num balanço da operação que está a decorrer em Monchique, Vítor Vaz Pinto, comandante da Autoridade Nacional de Proteção Civil, há seis focos do incêndio que estão a apresentar maior dificuldade de combate, sobre tudo junto de Casais e da Barragem de Odelouca. Os meios aéreos, dadas as condições climatéricas, com ventos fortes, não podem levantar.
Vítor Vaz Pinto reiterou que há mais de 1200 homens a operar no terreno, 300 veículos e 19 meios aéreos disponíveis. O responsável pela Proteção Civil garantiu que o plano desenhado "está a ser cumprido", mas admitiu que possam existir falhas num ou noutro ponto.
Rejeitou, no entanto, falhas no sistema de comunicação da proteção civil, o SIRESP, garantindo que os meios foram "reforçados" e que qualquer falha pontual não comprometeu a operação no terreno.
O secretário de Estado da Proteção Civil reconheceu a "complexidade do incêndio", que lavra já há cinco dias em Monchique, e reiterou que a "prioridade é proteger a vida dos cidadãos" e só depois a dos seus bens. Fez ainda um apelo para que as populações e quem circula na A22 respeitem as indicações das autoridades. José Artur Neves garantiu que "as autoridades estão na estrada".
Este apelo do secretário de Estado é uma forma de tentar serenar todos os que circulam nas estradas envolventes ao incêndio, depois dos trágicos acontecimentos de 2017 e que, ainda recentemente, levaram a uma situação de algum pânico na A12, quando um incêndio em Palmela levou os condutores a guiar em contramão em plena autoestrada na zona de Pinhal Novo.