Os dirigentes do PCP repudiaram, esta segunda-feira, as explosões de sábado, em Caracas, classificando-as como um "atentado terrorista contra a vida do Presidente Nicolas Maduro, bem como de outros altos dirigentes da República Bolivariana da Venezuela".
Em comunicado, os comunistas consideram que "tal ato é indissociável da campanha de desestabilização e ingerência em desenvolvimento contra a Venezuela, protagonizada pelas forças reacionárias e pelo imperialismo que está a atingir gravemente as condições de vida do povo".
"O PCP expressa a sua solidariedade ao Presidente Nicolas Maduro, ao legítimo governo bolivariano e às forças revolucionárias e progressistas venezuelanas que persistem na defesa da Revolução bolivariana e da soberania da Venezuela", lê-se ainda no texto.
No sábado, duas explosões que as autoridades locais dizem ter sido provocadas por dois 'drones' (aviões não tripulados), obrigaram o Presidente da Venezuela a abandonar rapidamente uma cerimónia de celebração do 81.º aniversário da Guarda Nacional Bolivariana (polícia militar).
A cerimónia, que decorria na Avenida Bolívar de Caracas (centro), estava a ser transmitida em simultâneo e de forma obrigatória pelas rádios e televisões venezuelanas e, no momento em que Nicolás Maduro anunciou que tinha chegado a hora da recuperação económica, ouviu-se uma das explosões, que fez inclusive vibrar a câmara que focava o chefe de Estado.
Nesse instante, a mulher do Presidente venezuelano, Cília Flores, e o próprio chefe de Estado olharam para cima.
Antes de a televisão venezuelana suspender a transmissão, foi possível ainda ver o momento em que militares romperam a sua formação inicial. Sete militares ficaram feridos e, segundo as autoridades, foram detidas seis pessoas alegadamente envolvidas no atentado.