O francês Joël Robuchon, o chef com mais estrelas do guia Michelin no mundo, morreu esta segunda-feira, em Genebra, aos 73 anos, vítima de cancro, anunciaram os serviços de assessoria do cozinheiro.
Robuchon, que contava com 32 estrelas Michelin, tinha sido operado no ano passado a um tumor no pâncreas.
Nascido em 1945 em Poitiers (no oeste de França), Robuchon recebeu várias distinções ao longo da sua carreira, como o título de melhor cozinheiro do século por Gaul & Millau, em 1990.
"O maior profissional que a cozinha francesa já teve. Um exemplo para as futuras gerações de chefs", escreveu o chefe de cozinha do Palácio do Eliseu, Guillaume Gómez, na plataforma de microblogues Twitter.
Aos 50 anos, depois de ver o seu restaurante "Joël Robuchon" ter sido nomeado como o melhor do mundo pelo International Herald Tribune, o chef abandonou a cozinha do seu restaurante para se dedicar à transmissão de conhecimentos, participando em vários programas de televisão.
A sua intenção de tornar a cozinha mais acessível ao grande público foi alcançada através de programas como "Bon Appétit Bien Sûr", em 2000, em que apresentava receitas simples e baratas todas as semanas, ou através de "Planète Gourmande", a partir de 2011.
As suas viagens pelo Japão e pelos bares de tapas em Espanha inspiraram-no para a criação de um novo conceito de restaurante, com um ambiente mais dinâmico e jovial, mas oferecendo produtos de grande qualidade, algo que se viria a materializar no "L'Atelier", presente em vários países.