O "significativo agravamento" do risco de incêndio florestal causado pelas temperaturas muito altas levou o Governo a declarar a situação de alerta para todo o território continental. O lançamento de fogo-de-artifício está proibido, mesmo nos casos em que tenha sido autorizado.
O Ministério da Administração Interna (MAI) anunciou, esta quarta-feira à noite, que pôs todo o território continental em situação de alerta até segunda-feira, devido ao "significativo agravamento" do risco de incêndio florestal causado pelas temperaturas muito altas que se deverão sentir nos próximos dias. O lançamento de fogo-de-artifício está proibido, mesmo nos casos em que tenha sido autorizado, entre outras medidas associadas como o aumento do nível de prontidão das equipas de emergência médica.
Para isso, o ministro Eduardo Cabrita assinou um despacho que determina a "Declaração de Situação de Alerta". A medida implica a "elevação do grau de prontidão e resposta operacional por parte da GNR e da PSP, com reforço de meios para operações de vigilância, fiscalização, patrulhamentos dissuasores de comportamentos e de apoio geral às operações". O documento também prevê a autorização da interrupção da licença de férias ou a suspensão de folgas e períodos de descanso para estas forças de segurança.
A mobilização das equipas de emergência médica, saúde pública e apoio psicossocial vai ser reforçada, bem como as equipas de resposta das entidades nas áreas da comunicação (redes fixas e móveis) e energia (transporte e distribuição).
As equipas de sapadores florestais bem como o corpo de agentes florestais e dos vigilantes da natureza são mobilizadas em permanência. Os bombeiros voluntários que trabalhem na administração pública ficam dispensados do serviço para estarem de prevenção. No setor privado, a dispensa de serviço só abrange aqueles que sejam voluntários nos distritos em estado de alerta especial de nível vermelho decretado pela Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).
O Governo apela ainda aos cidadãos que "adequem os seus comportamentos ao quadro meteorológico que tem sido amplamente divulgado". No casos do fogo-de-artifício que costuma ser lançado durante as festas e romarias tradicionais desta altura do ano, a tutela determinou a sua "proibição total", mesmo nos casos em que já tinha sido emitida previamente uma autorização enquanto vigorar a situação de alerta.