Vila Real é um dos municípios do país que tem apostado de forma continuada no projeto Floresta Comum. Até porque nas serras do Marão e do Alvão há milhares de hectares para arborizar. A Câmara aderiu há quatro anos ao projeto. "Entendemos que o nosso território tem muitas áreas florestais e temos problemas de fogo todos os anos", justificou o vereador Carlos Silva.
O responsável explica que o executivo começou a perceber que a continuidade de áreas florestais com algumas espécies relevantes do ponto de vista económico, traziam, por outro lado, consequências como os incêndios florestais. Um ambiente bem adaptado a este fenómeno exigia que fossem "introduzidas espécies com maior resistência ao fogo".
Quando a Quercus lançou o Floresta Comum, entendeu-se que estavam reunidas algumas condições para aderir ao projeto. Aos poucos a Câmara foi sensibilizando os proprietários para que, "sempre que possível, fizessem a plantação de espécies autóctones". Aproveitaram também para consciencializar a população e a comunidade escolar. "Era importante alertar as nossas crianças para a importância do espaço florestal e da escolha das espécies mais adaptadas".
Nos quatro anos de adesão ao Floresta Comum, a Câmara de Vila Real já plantou "mais de 100 mil árvores", realça Carlos Silva. O objetivo é continuar anualmente a candidatar-se, porque no concelho há muitas áreas para reflorestar. "Começamos a sentir que temos cada vez mais gente sensibilizada para estas questões", refere.
Numa parceria com a Quercus, a Câmara de Vila Real também aderiu ao projeto "um milhão de árvores". Todos os anos tenta obter fontes de financiamento que permitam aos detentores da terra fazerem candidaturas para que possam repovoar os terrenos. O gabinete técnico florestal contribui com a produção de projetos e execução de candidaturas. "Esperamos dentro de quatro ou cinco anos ter esse milhão de árvores plantado", deseja Carlos Silva.