Ministra da Administração Interna revelou na tarde desta quinta-feira que o sistema de comunicações falhou 485 horas só em 2013.
Em 2013, a rede de comunicações SIRESP falhou durante um total de 285 horas. Apesar destas falhas, o Estado nunca cobrou penalidades às empresas que operam a rede. A revelação foi feita, na tarde desta quinta-feira, pela ministra da Administração Interna, que está ser ouvida na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias a pedido do PSD.
ESTE ANO JÁ FORAM DETIDOS 67 INCENDIÁRIOS
"Nunca foram cobradas quaisquer penalidades", admitiu Constança Urbano de Sousa, que elencou as falhas deste ano no combate aos incêndios: em Pedrógão Grande cinco antenas entraram em modo local de funcionamento. No incêndio de Alijó falhou uma, tendo sido acionada uma antena móvel. "Nos incêndios de Sertã, Proença-a-Nova, Mação e Vila Velha de Ródão houve intermitências, três antenas entraram em modo local e também foi acionada uma antena móvel", enumerou ainda a ministra.
Constança Urbano de Sousa explicou também que cerca de um quarto dos anexos do contrato celebrado entre o Estado e a SIRESP são confidenciais "por razões de segurança", como é o caso da "localização de algumas antenas e de comutadores" da rede de telecomunicações.
"Quanto custa o SIRESP ao Estado? Foi adjudicado em 2005 por 538 milhões, concurso anulado. Em 2006 foi adjudicado finalmente por 488 milhões. O contrato foi renegociado em 2015 por 464 milhões. Todos os anos paga-se. O preço anual abrange tudo: manutenção do sistema, alterações técnicas, substituições, circuitos, centros operacionais. Por ano, o valor vai variando", explicou a ministra, elencando em seguida os respetivos valores: em 2014 - 52 milhões; 2015 - 43 milhões; 2016 - 41 milhões; e 2017 - 40 milhões.