A Associação Portuguesa de Seguradoras tem sentido "dificuldade em obter informação por parte das entidades oficiais sobre as vítimas mortais" no incêndio de Pedrógão Grande.
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A Associação Portuguesa de Seguradoras (APS) ainda não teve acesso à lista de vítimas, que seria um instrumento importante para a operacionalização do fundo de solidariedade de 2,5 milhões de euros, criado pelas seguradoras. Esse fundo visa compensar, a título extraordinário, quem perdeu familiares diretos no fogo, independentemente de terem ou não seguro.
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"É um facto que tem havido dificuldade em obter informação por parte das entidades oficiais sobre as vítimas mortais de Pedrógão Grande e sobre as suas famílias", explicou fonte oficial ao JN, dando conta que, mesmo sem ter a lista oficial de vítima, a associação socorre-se da informação pública disponível para iniciar o trabalho de apuramento da situação das famílias para a distribuição dos 2,5 milhões de euros.
Essa compensação extraordinária, oriunda do fundo de solidariedade do setor segurador, ainda não começou a ser paga, "porque é necessário fazer o apuramento da situação concreta de cada família afetada e esse é um trabalho que está, neste momento, em curso".
Esta ajuda complementar nada tem a ver com a existência de apólices. Aliás, as seguradoras já estão a pagar indemnizações às empresas e às famílias das vítimas do incêndio que tinham seguros (nomeadamente seguros de vida). A APS informou, esta terça-feira, que as empresas receberam a participação de 432 sinistros, cobertos por apólices de seguros, a que corresponde um valor agregado de danos da ordem dos 21,7 milhões de euros.