Duas malas cheias de livros e um recado político foi o balanço da visita de Marcelo Rebelo de Sousa à Feira do Livro. Sem pressa e sempre a tirar selfies com os leitores
Nem se notava que era o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa que tinha chegado à Feira do Livro de Lisboa em "visita particular" se não estivessem à sua espera os responsáveis do evento e vários jornalistas para assistir ao pagamento da promessa que fizera na véspera da abertura da 87ª edição, a de voltar para fazer as suas compras. Mesmo assim lá ia passando despercebido de vez em quando no meio da de tanta gente à sua volta ou enquanto estava de costas a falar com os funcionários dos vários pavilhões, muitos dos quais conhecia de outras andanças pelos livros.
Despercebido é, portanto, uma forma de expressão porque quando os leitores que andavam ontem pela Feira do Livro reparavam que o Professor também se passeava pelo Parque Eduardo VII não deixavam de se aproximar e de o cumprimentar efusivamente. Principalmente, não evitavam solicitar uma selfie com o Professor. Muitas mulheres, alguns homens, dezenas de adolescentes e bastantes crianças só perguntavam: "Posso tirar uma selfie?" Aliás, se alguns ainda pediam autorização, a maioria quase se atiravam ao Presidente e satisfaziam o desejo, entre piropos políticos simpáticos, abraços e beijos. Ou seja, sem grande aparato de segurança presente - "Não trouxe ajudantes de campo", disse -, ninguém impedia que os leitores trocassem por momentos a pesquisa de livros para comprar por uma recordação com o governante. Nem o Presidente impedia essa correnteza de selfies, afinal não é ele o rei das selfies? Ou melhor dizendo, Marcelfie!