Catarina Martins criticou a opção do Governo em candidatar Lisboa para acolher a Agência Europeia do Medicamento, considerando "perigoso" o argumento apresentado pelo primeiro-ministro de "conveniência da proximidade" a outras instituições.
"Eu julgo até que se devia decidir que Lisboa não era a melhor opção e depois olhar para as outras cidades do país que estão em condições do fazer, seguindo exemplos de outros países que não concentraram as agências europeias nas capitais, pelo contrário, diversificaram e com isso incentivaram a uma melhor distribuição no território do investimento, conhecimento, emprego, etc", afirmou Catarina Martins, em Guimarães, à margem de uma visita a um bairro social.
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Segundo a coordenadora bloquista a escolha de candidatar a capital do país para acolher a Agência Europeia do Medicamento (EMA, sigla em inglês) demonstra "centralismo", apontando ainda o dedo ao argumento apresentado por António Costa.
"Acho que é perigoso dizer que uma agência deve ficar num sítio porque esse sítio já tem duas ou três coisas e vai ter mais quatro ou cinco. Isso significa que, em última análise, tudo ficará concentrado sempre nos mesmos sítios, é o centralismo, Portugal já é um país centralista demais", referiu Catarina Martins.
Numa carta dirigida ao presidente da Câmara do Porto na quinta-feira, e divulgada esta terça-feira, o primeiro-ministro aponta a "conveniência da proximidade do Infarmed" como justificação para candidatar Lisboa, e não o Porto, a acolher a sede da EMA, que deve abandonar Londres com a saída do Reino Unido da União Europeia.