O processo só termina a 21 e muitos não terão vaga. O DN foi conhecer alguns dos jovens médicos já garantiram a sua opção
Segunda-feira, dia 5. Tomás Pessoa e Costa chegou cedo à Avenida Estados Unidos da América, em Lisboa, para escolher a especialidade que vai fazer nos próximos seis anos. Foi o quarto, a nível nacional, a fazer a escolha. A 2 de janeiro inicia a formação para ser dermatologista no hospital dos Capuchos, a sua primeira opção. Este ano há 1758 vagas para formação da especialidade, menos 635 do que os candidatos. A primeira semana de escolha terminou ontem já sem vagas em 26 de 48 especialidades. O processo acaba dia 21.
Foram 12 horas dia de estudo na fase final antes do exame que dita a ordem pela qual os jovens médicos são chamados a escolher a especialidade. Tomás, 25 anos, teve 100%. Naquele momento em que desceu do quinto para o quarto andar do edifício da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo o nervoso miudinho voltou. É assim com todos.
"É muito difícil escolher a especialidade, acho que mais do que fazer o exame. Eram mais de 1700 vagas à escolha e não há muita informação disponível. Existem poucos estudos sobre as especialidades e o que temos mais é informação da experiência pessoal. Tinha uma lista de especialidades e locais de formação que queria. A minha namorada foi muito importante. Foi comigo para evitar decisões de última hora. Os amigos diziam-me que devia escolher ortopedia e na hora comecei a pensar nisso. Ela ajudou-me e mantive-me fiel à escolha", conta.