"Diesel", o pastor belga que morreu no ataque das forças especiais francesas ao apartamento onde estava escondido o suspeito de planear os ataques de Paris, foi vítima de disparos dos próprios companheiros das forças especiais.
Abdelhamid Abaaoud, considerado o "cérebro" dos atentados de Paris, que custaram a vida a 130 pessoas, foi morto numa operação policial do RAID, forças especiais francesas, a 25 de novembro, 12 dias depois dos atentados terroristas.
No assalto ao apartamento onde estava refugiado com uma prima, as forças especiais dispararam cinco mim balas tipo Brenneke, de fabrico alemão e usadas pelo RAID. Os terroristas terão disparado 11 vezes.
Diesel, a cadela de raça pastor belga, que morreu como uma "heroína" no ataque não foi morta pelos terroristas, foi vítima de "fogo amigo", foi agora revelado.
"Diesel foi morta por Brennekes", revelou Jean-Michel Fauvergue, que comandou a operação do RAID ao apartamento de Abaaoud, em Saint-Denis, nos arredores de Paris.
O RAID investiga, também, por que motivo a cadela foi enviada para o interior de uma casa que estava debaixo de fogo cerrado, numa situação de "saturação de balas", nas palavras de Fauvergue.
Segundo as informações agora conhecidas, cinco elementos da polícia foram também atingidos por "fogo amigo" e dois vizinhos, oriundos de minorias étnicas, ficaram feridos no ataque.