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Autor Tópico: Qualidade dos Vinhos  (Lida 1638 vezes)

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Qualidade dos Vinhos
« em: 13 de Outubro de 2013, 21:38 »
Qualidade dos Vinhos

        Vinhos
QUALIDADE DOS VINHOS - DEGUSTAÇÃO
O vinho é uma bebida apreciada desde  antes do nascimento de Cristo por várias civilizações antigas. Sempre esteve  presente, sendo indispensável em grandes banquetes, ocasiões festivas,  caracterizando as festas e as relações de boa convivência. Assim como nos povos  mesopotâmicos, os anais egípcios falam do "vinho que corria como água nos  lugares" em Oullaza, e as tábuas de Alalakn e de Ugarit sugerindo que, no II  milénio, a vinicultura já era muito desenvolvida. Mas esta bebida não se  destinava apenas às mesas da corte. O consumo do vinho faz parte de uma tradição  muito antiga. Sabe-se da existência de uma organização religiosa, chamada  marzeab - de cuja presença há sinais também no Oriente Púnico - onde membros  rendiam cultos a certas divindades e aos mortos por meio de rituais em que o  vinho tinha lugar de destaque.

 A alta Idade Média europeia é marcada pelo triunfo do vinho. O consumo do vinho  estendeu-se pela Europa Cristã, sendo tão apreciada em ocasiões especiais e  refinadas quanto presente diariamente na mesa dos europeus. Tratava-se de uma  bebida comum e ao mesmo tempo luxuosa, acessível a todas as classes sociais,  variando no preço em função de sua qualidade. Nas regiões setentrionais, no  entanto, era reservado às elites.

 Actualmente, o apreço pelos vinhos continua e a variedade é muito grande. Os  vinhos são diferenciados pelo tipo de uva utilizada para o seu feitio, pela  técnica e os processos aos quais são submetidos para sua obtenção.

 Entre os tantos factores que contribuem para a qualidade e diferenciação do  vinho, destaca-se a grande diversidade de solos: calcários, argilosos,  vulcânicos, e muitos outros.

 As técnicas de vinificação mesclam o que há de melhor na tradição com a inovação  e a utilização de modernos equipamentos.

 Qualidade dos vinhos

 Conforme o tipo, o vinho é utilizado para ser servido com preparações  específicas. Exemplo: vinhos para sobremesa, vinhos para serem deliciados com  pratos de massas, entre outros. Além disso, a coloração também varia, existindo  o vinho branco, branco leve, branco envelhecido, tinto, tinto leve, tinto jovem,  tinto encorpado, Jerez.

 Dependendo da doçura, os vinhos são classificados da seguinte maneira:
Classe de
      doçura
Valores extremos de
      massa volúmica a 20 °C:
ºBaumé Açúcares(g/l)
Extra-seco < 0,9980 g/cm3         0,0 <40
Seco de 0,9980 g/cm3 a 1,0079 g/cm3       0,0 - 1,3 40 - 65
Meio-seco de 1,0080 g/cm3 a 1,0179 g/cm3       1,4 - 2,7 65 - 90
Doce de 1,0180 g/cm3 a 1,0339 g/cm3       2,8 - 5,0 90 - 130
Muito doce > 1,0340 g/cm3        >5,0 >130
A doçura é acentuada pelo calor e  amenizada pelo frio. Para os cartesianos, segue uma sugestão de temperaturas:

 6 a 8 graus: espumantes e vinhos brancos doces.
 8 a 10 graus: branco suaves, alguns brancos secos e espumantes rose.
 10 a 12 graus: brancos extra secos e vinhos rosados.
 12 a 14 graus: grandes brancos e tintos leves
 14 a 16 graus: tintos de pouco ou médio corpo.
 16 a 18 graus: tintos envelhecidos, tintos mais macios.
 18 graus: grandes tintos como Bordeaux e tintos ricos em tanino como os  australianos, os portugueses e os espanhóis em geral.

 Nada influencia mais na apreciação de um vinho quanto a sua temperatura. O vinho  é uma bebida delicada e cheia de nuances. Cada vinho tem sua temperatura ideal,  sendo que nenhum deles deve ser servido a mais de 20 graus.

 Características básicas dos vinhos de acordo com diversos factores:

 Corpo: o sentido do olfacto é susceptível só aos vapores e os vinhos mais  encorpados têm um peso molecular maior que os vinhos leves. É uma das razões  pelas quais se degustam os tintos a uma temperatura mais alta que os brancos.

 Casta: algumas castas produzem vinhos mais voláteis que outras. Pinot  Noir, por exemplo, é mais volátil que a Carbenet Sauvignon, motivo pelo qual os  Borgonhas são geralmente servidos mais frescos que os Bordeaux.

 Tanicidade: tanino é um elemento contido só nos tintos e que dá a  impressão de travar a boca. Quanto mais baixa a temperatura, mais evidente ele  fica, tornando-se desagradável se o tinto estiver gelado.

 Aroma ou perfume: quanto mais elevada a temperatura, maior a evaporação  e, consequentemente, o perfume é acentuado. Esta acentuação deve ser dosada,  pois em muitos brancos, o perfume já é, por si só, intenso. Temperaturas  elevadas conduzem a uma perda de elegância e do frescor do vinho, tornando o  vinho fugaz. No sentido oposto, temperaturas excessivamente baixas simplesmente  escondem qualquer perfume que o vinho possa ter.

 Degustação dos vinhos

A degustação é basicamente um exame  sensorial, uma avaliação da qualidade do vinho por meio dos órgãos do sentido (  visão, olfacto, paladar e tacto). O paladar e o olfacto são dois sentidos  químicos, ou seja localizam-se principalmente sobre a língua. Para cada gosto  (doce, amargo, salgado e ácido), existe um receptor distinto.

 Na língua, as papilas gustativas posicionadas na lateral posterior revelam a  sensação de ácido, lateral anterior de amargo, na ponta doce e no fundo salgada,  são as responsáveis pela avaliação gustativa do vinho.

 Existem dois tipos de degustação: a técnica e a hedonística (amadora). Em quase  toda degustação há um orientador e um tema, que pode ser uma região ou uma  variedade de uva.

 A degustação é realizada em três tempos. No exame visual, o degustador avalia a  cor, a limpidez, a intensidade e as nuances da coloração do vinho. Em seguida, o  exame olfactivo que demonstra os componentes aromáticos, e para finalizar, o  degustador ingere um gole do vinho e delicia os seus sabores.

 Vinho x Nutrição

 A composição nutricional varia de acordo com o tipo de vinho, assim como a  região onde a uva foi cultivada. Segundo Marcelo Copello, professor e crítico de  vinhos e membro da ABS-RJ e da AIS (Associações Brasileira e Italiana de  sommeliers), nunca se sabe com exactidão a quantidade de componentes existentes  dentro de uma garrafa de vinho, sendo possível encontrar uma variação de 200 a  500 componentes, desta forma, cada tipo de vinho tem a sua especificidade.

 No entanto, tem-se por média, os seguintes valores nutricionais:
Tipo de vinho Calorias (kcal)
      em 100 g
Carboidrato (g)
      em 100g
Proteína (g)
      em 100 g
Lipídeo (g)
      em 100 g
Vinho branco 66,40 0,61 0,10 0,00
Vinho rose  71,00 1,40 0,20 0,00
Vinho tinto  72,00 1,70 0,20 0,00
Pode-se observar que os vinhos não  possuem lipídeos, ou seja gordura, mas possuem alto valor calórico, chamado de  calorias vazias, pois não contêm nutrientes, apenas pequenas quantidades de  carboidratos e proteínas.

 Alguns estudos discutem os benefícios da ingestão do vinho para o organismo,  como por exemplo, na prevenção de doenças cardíacas. Isto deve-se ao fato de que  ingerir esta bebida em pequenas doses, dificulta a adesão de placas de gordura  nas paredes das artérias, acarretando em um menor índice de enfarto. O vinho  ainda possui os flavonóides na sua composição, substância que aumenta a  concentração do bom colesterol (HDL).

 Se a pessoa for hipertensa ou tiver diabetes, esses benefícios não existem e o  álcool terá um efeito totalmente maléfico. O consumo acima de 30 gramas de  álcool por dia também causa efeito inverso e pode provocar miocardiopatia  alcoólica (dilatação do coração), desta forma, aprecie seu vinho bebendo com  moderação!

Nota: Publicamos este artigo acerca do vinho por o  considerar-mos interessante. Como desconhecemos a fonte agradecemos qualquer  informação no sentido da mesma ser indicada.