Ordem e sindicato médico afirmam que números mostram o falhanço da política do governo para tentar levar mais especialistas para hospitais e centros de saúde do interior.
Foram criados incentivos em 2015, pelo então ministro da saúde Paulo Macedo, com o objetivo de levar médicos para hospitais e centros de saúde das áreas mais periféricas e do interior. Revistos pelo atual governo, foi reduzido de cinco para três anos o tempo de contrato e aumentados os incentivos financeiros de 21 mil para 36 mil euros brutos. Mas até agora, no total, apenas 81 clínicos aderiram aos incentivos para as zonas carenciadas. Ordem e sindicato dizem que medida falhou.
Segundo dados da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), até maio havia 81 médicos a receber incentivos: 24 ao abrigo da anterior legislação e 57 com as novas regras. Destes últimos, 38 pediram a alteração do regime anterior para o atual e 19 entraram diretamente neste. São especialistas de medicina interna, pediatria, psiquiatria, ortopedia, cardiologia, cirurgia geral, ginecologia/obstetrícia, urologia e médicos de família que estão colocados nos centros hospitalares da Cova da Beira, Algarve, Médio Tejo, Oeste e nas Unidades Locais de Saúde (ULS) da Guarda, Nordeste, Litoral Alentejano e Norte Alentejano.
O chamamento de um médico