António Costa garantiu, esta quarta-feira, que a criação de emprego registada durante o mandato socialista não encontra cenário igual nas últimas duas décadas.
No debate quinzenal no Parlamento, o primeiro-ministro frisou ainda que amanhã, quinta-feira, arranca o processo que conduzirá ao fim da precariedade na Função Pública.
TAXA DE DESEMPREGO BAIXA NO PRIMEIRO TRIMESTRE PARA OS 10,1%
Segundo Costa, "registamos a maior criação de emprego desde 1998", tendo o desemprego ficado "abaixo dos 10%", nos dados que o Governo detém. Salientando a "criação, num ano, de 150 mil postos de trabalho", o socialista sublinhou que a redução de desempregados sentiu-se consideravelmente entre os jovens e aqueles que estavam há muito sem qualquer atividade.
"Ainda temos muito caminho para percorrer", disse, mas atirou à Direita que o plano do Governo "não assenta nos baixos salários e na limitação dos direitos dos trabalhadores". Assegurou que a receita baseia-se no aumento do Salário Mínimo, para os 557 euros, no respeito e promoção pela "negociação coletiva" e o combate à precariedade. Políticas que referiu serem sustentáveis.
Costa aproveitou para lembrar que, a partir de amanhã, quinta-feira, os trabalhadores precários do Estado poderão entregar o requerimento para verem reconhecida a sua ligação à Função Pública. Tal documento passará a estar disponível no portal do Governo, tendo de ser preenchido pelos funcionários públicos a recibo verde.
Tendo dedicado a sua intervenção de arranque do debate quinzenal em exclusivo ao emprego, o primeiro-ministro adiantou que o programa Qualifica - que recuperou os objetivos do extinto Novas Oportunidades - vai abranger 600 mil pessoas, até 2020, e que paralelamente haverá outras 50 mil a melhorar a suas competências digitais.