O governo dos Estados Unidos vai fornecer armamento mais pesado aos curdos da Síria, quando estes e os seus aliados se aproximam da cidade de Raqqa, bastião do grupo extremista Estado Islâmico.
A decisão destina-se a acelerar a ofensiva a Raqqa, mas confronta-se com fortes objeções do Governo da Turquia, que considera o grupo sírio curdo YPG uma extensão da organização terrorista curda que opera no seu território.
Por sua vez, Washington encara os curdos como o seu mais eficaz aliado na batalha contra o Estado Islâmico (EI) no norte e no leste da Síria.
Após longas deliberações, a Administração Trump aprovou planos para fornecer mais armamento aos curdos.
Embora não haja uma lista completa e pormenorizada do tipo de armamento a disponibilizar, responsáveis norte-americanos indicaram nos últimos dias que morteiros de 120 milímetros, metralhadoras, munições e veículos blindados são algumas das possibilidades.
Acrescentaram ainda que os Estados Unidos não fornecerão artilharia nem mísseis terra-ar.
As fontes governamentais citadas pela Associated Press, que não estavam autorizadas a divulgar a decisão e pediram o anonimato, não apontaram datas precisas tendo apenas referido a intenção de Washington de enviar o armamento aos curdos sírios o mais brevemente possível.
Um assessor do Congresso disse que responsáveis governamentais informaram da decisão membros importantes do Congresso na segunda-feira à noite.
Altos responsáveis como o general Joseph Dunford, chefe do Estado-Maior Conjunto, reuniram-se diversas vezes com autoridades turcas para tentar obter um acordo sobre a ofensiva a Raqqa que fosse aceitável para Ancara.
Os turcos queriam que os curdos sírios fossem excluídos dessa operação, mas as autoridades norte-americanas não cederam, argumentando não existir outra alternativa.