A temida organização mafiosa "Cosa Nostra" quer afastar os mais de mil migrantes que chegam todos os dias à Sicília.
Com medo de perder a sua supremacia no mundo do crime, para os gangues criminosos africanos que chegam à ilha juntamente com os refugiados, os chefes de um dos mais temidos grupos mafiosos de Itália estão a começar a travar uma batalha na região.
A tentativa de assassinato de um homem, da Gâmbia, com um tiro na cabeça e em plena luz do dia está a ser descrita como o primeiro golpe desta guerra preanunciada. Os cidadãos temem que haja uma escalada de violência nas ruas de Palermo, a cidade onde ocorreu o disparo.
Este ataque, atribuído à máfia, foi gravado pelas câmaras de videovigilância. O homem atingido, de 21 anos, conseguiu sobreviver. O responsável pelo crime, um cidadão italiano foi identificado e detido pela polícia.
A guerra estará instalada e as palavras do Presidente da Câmara de Palermo não trouxeram mais tranquilidade. Leoluca Orlando contou ao diário britânico "Daily Mail", que a região turística "Não é mais uma cidade italiana. Já não é a Europa. Se andar na rua sente-se como se estivesse em Beirute ou Istambul". O político analisou ainda o ataque: "Este ataque da Máfia é um tremendo erro, porque voltou as pessoas contra eles. A Máfia precisa de silêncio e escuridão, e precisa de ter as pessoas de boca fechada".
Os responsáveis da polícia também já admitiram que estão a acontecer atos de violência sem precedentes desde que a crise migratória se agudizou, e que a Máfia está a tentar garantir o controlo do seu território.