Autoridades não têm, para já, informação de uma tragédia com estas dimensões
Responsáveis egípcios, italianos e gregos não confirmam, para já, as notícias que dão conta de um naufrágio onde terão desaparecido cerca de 400 pessoas ao largo da costa do Egito, maioritariamente somalis.
Segundo a agência Reuters, as autoridades do Egito não deram ainda qualquer informação relativa ao acidente, e a guarda costeira italiana, que coordena as operações de salvamento nas águas entre Itália e a Líbia, referiu não ter ainda qualquer informação sobre um naufrágio desta dimensão. Confirmou apenas que seis corpos foram recuperados no domingo e 108 migrantes foram salvos de um barco de borracha que estava semi-submerso.
A guarda costeira grega revelou igualmente não ter notícias de uma tragédia envolvendo 400 pessoas. O embaixador da Somália no Egito, que segundo a imprensa local terá confirmado o naufrágio, não esteve disponível para prestar declarações à agência Reuters.
Em Genebra, o porta-voz da Agência das Nações Unidas para os Refugiados, William Spindler, revelou que as delegações da ACNUR no Egito, Itália e Grécia estão a tentar saber mais sobre o acidente, frisando que nesta altura não é possível confirmá-lo.
Há exatamente um ano, cerca de 800 migrantes afogaram-se ao largo da costa da Líbia, quando o pesqueiro em que tentavam chegar à Europa colidiu com um navio que tentava resgatá-los. Foi o mais mortífero naufrágio no Mediterrâneo nas últimas décadas.